quarta-feira, 22 de abril de 2009

Eu AMO OS ANIMAIS! Tenho um York !!!

Eu AMO OS ANIMAIS! Tenho um York !!!

Quando falo do meu trabalho voluntário sempre escuto as pessoas dizerem a frase título desse texto.
A raça do seu cãozinho realmente não importa. Os Yorkshires aliás, me perdoem, foi apenas para ilustrar.

Ilustrando ainda melhor, vou falar do meu trabalho.
Sou ativista na proteção animal (designação dada à pessoas, associações ou ONGs que se dedicam a ajudar animais abandonados) a cerca de 8 anos.

Comecei com um envolvimento suave, como voluntária num evento para doar animais recolhidos das ruas para novas famílias.

A razão desse texto é bastante complexa.
Ele vem da minha completa incapacidade de compreender como uma pessoa que gosta de animais, que tem um ou mais animais de estimação não se preocupa com o problema dos animais abandonados.

A principio eu achava que as pessoas gostavam apenas do seu animal e não se importavam com os demais. Mas não é isso.
Então cheguei finalmente a uma conclusão : - Essas pessoas não sabem que podem ajudar animais abandonados com o mínimo esforço!

As pessoas gostariam sim de ajudar, mas não sabem como!!!!

Por isso decidi dar uma força...

Primeiro vou explicar um pouco do que é proteção animal.
O primordial a ser esclarecido é que não existe em definitivo Associação Protetora dos Animais.
Na cabeça das pessoas, assim como um dia já foi na minha, existe um lugar mágico, para onde é possível levar um animal abandonado. Onde ele será tratado com amor e carinho.

Esse lugar não existe. Se existisse, certamente não existiriam animais de rua. Todos estariam lá.

O que existe são ONGs lutando pelos animas, famosas como Sea Shepard, Greepeace, Projeto Tamar, e, nós, os "não famosos".

Nós, os "não famosos" trabalhamos duro. Nosso trabalho consiste basicamente em resgatar animais em situação de risco e abandono, com o objetivo de cuidar desses até que se encontre uma família interessada em lhe adotar com bicho de estimação.

Porém, até esse final feliz, muita coisa acontece.
Até mesmo não haver "final feliz", porque o animal em questão pode ter um temperamento difícil, ser idoso, ter problemas de saúde crônicos, ou o mais comum, ninguém se interessar em adota-lo.
Então temos um novo problema: Como manter os não adotados, provavelmente, até o fim de suas vidas?

Outra mitologia que precisa acabar é que essas ONGs e Associações recebem ajuda governamental. Não, não recebem.
Também não existe ajuda de nenhum milionário que ama os animais. Isso também é lenda.

O que mantém então esses grupos? De onde vem o dinheiro?
De eventos beneficentes, bingos, brechós, rifas, almoços e tudo mais que você possa imaginar, porque a necessidade em conseguir recursos já nos fez ter todas as idéias possíveis!

Lutamos duramente para manter esses animais em suas necessidades básicas.
De tratamentos veterinários, medicações, alimento, higiene e abrigo.
Tudo isso saí dos bolsos de pessoas comuns, como eu, você, ou seu amigo aí do lado.

Sabendo disto tudo agora você deve estar pensando: "Ok... Mesmo assim eu não tenho como ajudar".

E então eu te digo: - Tens R$ 3,00 disponíveis para doar?

Vou dar um exemplo de uma idéia simples e genial de pessoas que queriam ajudar mas não podiam fazer muito.

Existe uma comunidade no Orkut onde 200 pessoas escolhem semanalmente uma entidade ou protetor independente (pessoa que faz o mesmo que uma ONG, porém em menor escala e sozinho) para que cada um dos 200 membros depositem R$ 3,00 para ajudar. Com um pouquinho de cada, são 4 ajudas mensais num valor de R$ 600,00 para cada. Ajuda muito!

link- www.orkut.com.br/Main#Community.aspx?cmm=41579468
Viu como você também pode ajudar com um pouquinho só ?

Pode ajudar um pouco mais???
Então a próxima sugestão é ajudar diretamente um abrigo, uma ONG ou um protetor independente.

Se você der uma pequena busca no Google, vai encontrar centenas desses casos.
Visite os sites, conheça o trabalho da ONG em questão, entre em contato e se puder, faça uma visita.
Uma ajuda mensal e regular de R$ 20,00 / 50,00 manterá um animal alimentado durante todo o mês.
É pouco para você, mas é muito para quem cuida de tantos animais sem dono.
O mais importante não é a quantia, e sim o compromisso e a regularidade.
Quem cuida desses animais, precisa saber com quanto de ajuda poderá contar mensalmente, por isso, não importa o valor, e sim o compromisso.

Quer ajudar de uma forma diferente?
Dezenas dessas entidades precisam de voluntários. Para ajudar nos eventos de adoção de animais, para transporta-los, para ajudar nos banhos, para passear com os bichos, fotografa-los, ajudar em divulgação dos que estão para adoção. Nossa! Uma infinidade de coisas!

Não quer ajudar com dinheiro? Escolha uma ONG, um protetor independente e leve para ele um pacote de ração.
Guarde jornais, potes de sorvete, toalhas velhas, blusas de lã que podem aquecer um cãozinho numa noite fria, sobras de medicação do seu animal, uma coleira que ficou pequena. Leve a uma dessas ONGs. Tudo isso que não serve mais para você ajudará muito um animal.

(Fernanda Garcia)

domingo, 19 de abril de 2009



when the lights go down and there's no one left, i can gon on and on and on..

ps: EU FUI!

As flores na jarra.

As flores na jarra.
Brancas, amarelas e vermelhas – vivas como podem ser apenas por hoje.
Ontem eram botões, e amanhã o que serão?
Não sei se murcham, não sei se secam. Mas não, mais bonitas não serão.
Não há certeza do esmero com que foram cultivadas, da beleza de seu jardim.
Não se sabe quantas já sentiram seu aroma e suspiraram – como agora eu faço.
Encosto os dedos, uma a uma... e não imagino sendo tratadas com menos delicadeza, com mera indiferença.
No antes, penso eu, foram arrancadas da terra impetuosamente, como qualquer outra fora.
E depois, bem depois qualquer uma pode se aproximar de um buquê de rosas mortas, tétricas, e descartá-las como qualquer outra seria.
Contemplo-as: aumentando a satisfação, afastando o contentamento em tê-las.
Por fim, afundo seus caules de volta à jarra, digo a mim mesma que as divagações são vãs, que perguntas e certezas não as tornarão mais plenas e nem se quer perpétuas.
Forma-se, então, a lógica do bufão: preencha o vazio de hoje, mas contenta-te, pois nunca mais te verá tão completo
Permanece assim, meio oco, nem um pouco além da satisfação, e nunca experimenta o aroma das flores.

- Brancas, amarelas e vermelhas, desde que cada uma saiba o seu lugar.